...vai, mais rápido, apoteose da civilização.

quinta-feira, 31 de maio de 2007

Bruno no planeta dos Homens.

Meticulosamente despreparado e desritmado, fui lá me aventurar pela terra dos homens. Entre arranhões e tapas na nuca, esporas na gengiva e algumas tachinhas na bunda, comecei a tentar entender o porquê das coisas e a processar minha adaptação à essa nova velha vida. Pensava, "que desilusão a minha, nunca será diferente, nunca haverá iluminação em uma caverna soterrada". Mas havia, um feixe de luz rompendo o mais apertado dos corações, um sopro de rejuvenescimento em olhos tão desacreditados. Era uma experiência quase plástica. Deixando de lado inexperiências e dogmas tão antiquados, viajava pela antropologia sem medo do que encontraria nem receio do que pensaria. Me concentrava simplesmente na árdua peleja de acreditar. As mãos tremiam, o corpo tremia, a consciência tremia, mas o foco era constante. Sem mais desperdício de momentos, sem irregularidades de caráter. Naquele instante eu me ajoelhei e chorei. Era a redenção de uma alma sem pecados. Talvez a vida não viva, mas ela de fato ganhou mais alguns anos.

Um comentário:

*Paula Fazzio* disse...

adorei...
estou me sentindo um peixe fora d'água na terra dos homens(???) utilmamente.
Embora eu não veja muitas coisas "humanas" ultimamente