...vai, mais rápido, apoteose da civilização.

quinta-feira, 15 de março de 2007

Parecia um precipício mas na verdade era água.

Ela extravasa sobre você e a todo instante lhe fita, insinuando alguma grandeza. Vem em ondas, mandando o seu ceticismo para as alturas. O problema de se achar pequeno, mais que o tamanho diminuto, é a perspectiva que se tem lá de baixo. Não dá pra ver muito além do barro no sapato e da calça rasgada. Mas puxa vida, quanta coisa há além do barro! Você martiriza quem nunca quis se tornar um mártir pra ninguém, entende? A ilusão do pedestal. Mesmo assim, seria muito pedir um pouco de sinceridade? Seria pedir demais pela extinção desses falsos cognatos que colocam minhocas, vermes, lombrigas e tudo que se tem direito na cabeça das pessoas? A questão não é simpatia, carisma, boa vontade, misericórdia (quem sabe), mas sim se deixar levar por um pouco de humanidade. Há horas de se lembrar e há horas de se esquecer do próprio umbigo, e me parece que está tudo trocado! Apesar de minhas desilusões, parecia um precipício mas na verdade era água, água que lavou meu rosto e minha alma.


Um comentário:

Anônimo disse...

Interessante.
Pra você ver que nem tudo é o que parece, huh?
Keep writing like this and you'll get far far away!
Bjo!